Um convênio assinado entre a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais e a indústria do café está garantindo melhor preço para o produtor. Para participar do programa o agricultor precisa investir na qualidade.
Os 18 hectares de café de uma das propriedades do sul de Minas Gerais que terão o café mais valorizado receberam o selo de qualidade há um ano.
A Secretaria Estadual de Agricultura e a Abic, Associação Brasileira da Indústria de Café, assinaram em Belo Horizonte um convênio que estabelece o pagamento de até 25% a mais sobre o preço de mercado pelo café produzido em propriedades que fazem parte do Programa Certifica Minas, do governo do Estado.
“O que estamos tratando agora é de criar um mecanismo onde o café produzido com qualidade seja reconhecido e gere uma receita agregando valor”, disse Gilmar Viana, secretário de Agricultura de Minas Gerais.
A Abic será a ponta entre o produtor e a indústria que vai comprar café. Quinhentas empresas têm a preferência, mas o produtor tem a liberdade de comercializar o produto a quem oferecer mais.
“Bastante expectativa. Isso é o que a gente está pensando e a gente está trabalhando para conseguir chegar nesse objetivo”, disse o agricultor José Cláudio Baldim.
O convênio vai beneficiar os produtores que já têm certificação e os que estão com os processos em andamento. Devem também incentivar aqueles que ainda não entraram no programa.
“É a necessidade dos pequenos produtores de ter uma padronização de produto para mercado. Praticamente, estava na mão dos comerciantes de maneira geral. Com a padronização do produto, tem a possibilidade deles conquistarem novos mercados”, explicou Donizete Couto, agrônomo da Emater.
O agricultor José Machado Donizete já começou a modificar a propriedade de 1,5 hectare. A auditoria deve acontecer no final deste ano.
De acordo com a Emater, em Minas Gerais 383 propriedades já receberam a certificação. A previsão é que até o fim deste ano o número chegue a 800.
(Globo Rural, 09/07/2009)
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